quarta-feira, 24 de março de 2010

ASSIGNMENT 6: 5 PESSOAS E 5 FATOS

LÍVIA

José Augusto trabalhava em uma editora de livros. Pediu demissão. Não quis mais ter patrão e decidiu seguir sozinho, desempregado.

Clarisse tem hoje 20 anos e gosta de desenhar com nanquim e lápis de cor. Quando fez 10 anos ganhou do pai algumas canetinhas coloridas. O namorado de Clarisse não gosta de museus.

Isadora Ribeiro trabalhou durante alguns meses em um bar da moda, em Paris. Aprendeu a fazer coquetéis.

Olga espera um dia inteiro para ver a novela às oito da noite. Recentemente comprou um sofá novo.

Sérgio Camargo é alérgico a gatos e bichos de pelúcia.


SOFIA
 
L. B. – deve estudar para as 4 provas de segunda-feira, se não sua mãe não deixará se mudar para a tailandia.


M. B – Se mudou para Curitiba

S. C- Casou-se antes de se formar

A.V. – Enterrou seu gato, Nego ditto.

N. S – Pegou trânsito

JÚLIA
 
Daniela Luppi: Suas músicas são sempre tristes e em acorde menor.

Cícera Silva: Cansada por causa do excesso de trabalho, chega em casa e se cansa com o trabalho que a vida de mulher sozinha lhe causa.

Zulmira Novaes: Sem registro.

Vanessa Yoshimura: japonesa, brasileira e, atualmente, italiana.

Bruna Pareja: Cabem duas dela numa calça antiga.
 
 
JOANA
 
Andrea Pessotti Dória foi grosseira da última vez que encontrou o ex-namorado.
 
Lady Gaga aprendeu piano, de ouvido, aos 4 anos.

Ronaldo "Fenômeno" levou um tapinha na bunda do Sílvio Santos.

Heloísa Maria fuma há 4 anos.

Pepê fica cinza em dias de chuva.

ASSIGNMENT 5: UMA FOTO QUE EU NUNCA TIRARIA

JÚLIA


LÍVIA

"O momento em que abro a geladeira"


ASSIGNMENT 4: TALVEZ EU

Fazer um relato de uma experiência que tenha acontecido com você. Pode ser real ou ficctícia, mas deverá ser contata como verdadeira. Levar uma prova do acontecimento.

LÍVIA

Talvez Eu.

Talvez uma pastorinha.

Vou contar uma história de infância. Até os dez anos eu estudei em uma escola Waldorf. A pedagogia Waldorf valoriza a formação humana e completa da criança, por isso as matérias de artes são muito importantes. Sempre no final do ano a classe inteira faz alguma dança tradicional ou uma pequena peça de teatro. Todos juntos. Na quarta série, por exemplo, nós montamos uma adaptação do mito de Narciso. Antes da quarta série, no ano anterior se não me engano, fizemos a dança do pau-de-fita, uma dança linda e colorida. As crianças giram em torno de um grande tronco de madeira. Com várias fitas coloridas nós envelopamos o tronco, formando desenhos e formas. Mas a história que eu vou contar é sobre a Dança das Pastorinhas. Essa é uma dança tradicional só com mulheres. Existem dois grupos. As que vestem azul e as que vestem vermelho.

Elas dançam e tocam instrumentos como se fossem dois grupos disputando o mesmo espaço, o bosque ou um vale da montanha. Então formam-se dois cordões que dançam paralelos um ao outro. A professora dividiu as meninas, conforme as cores que cada aluna gostava mais. Mas ela disse também que existia uma pastorinha diferente. Uma pastorinha que não dançava em nenhum dos dois cordões, ela dançava sozinha, exatamente no meio. Ela não usava saia azul nem vermelha. Ela usava uma saia azul e vermelha. Uma saia com as duas cores. Essa pastorinha era quem possibilitava o diálogo entre os dois grupos. Ela podia apaziguar e tolerar as diferenças. O canto dessa pastorinha era sobre aproximações e não disputas.

No exato momento que a professora contou sobre essa pastorinha algo fez ‘Pééééin!!!!’ dentro de mim! Eu tinha que ser essa pastorinha! Uma vontade gigantesca de vestir essa saia azul e vermelha e dançar no meio dos dois cordões me invadiu como um furacão. Eu não consegui pensar em mais nada, só pensava em ser a tal pastorinha da tolerância. Foi quando a professora perguntou: “Quem quer cantar e dançar a pastorinha de duas cores?” Foi quando eu levantei a mãe. E outra menina levantou também... Não acredito! Tem mais alguém que quer... A professora disse, então, que nós duas dançaríamos num ensaio, e ela iria escolher depois quem ficaria com a pastorinha de duas cores. Nesse momento pensei: “Vou dançar tão lindamente, vou dar tudo de mim, eu preciso ser a pastorinha!”. Dito e feito. Eu dancei com muita alegria, toda concentrada e sorridente. E a pastorinha de duas cores ficou comigo.

JÚLIA


ASSIGNMENT 3: CARTA DE DESPEDIDA

LÍVIA

São Paulo, mais um dia no mês de Setembro.

D.,


Eu te digo adeus.

E também outras pequenas coisas que podem ser úteis.


Não deixe ninguém te jogar no chão. Caso isso aconteça, levante calmamente.

Não coma muitos doces.

Às vezes é bom se perder.

Uma confusão ou outra não fazem mal a ninguém.


Respire fundo,

Tome um banho de mar,

Não tenha medo.

Não se esqueça de fazer chocolate quente para alguém!


As coisas vêm e vão.

Um dia a gente chega e outro a gente vai.


Se agora você decidiu ir,

Siga em frente.


Eu te faço companhia em pensamento.

Um grande beijo e um abraço.

L.


FELIPE

YOU HAVE ONE NEW MESSAGE: FAREWELL

Oi

Sabe o que é?

É que já são 4.41 da manhã e eu não quero perder o resto do sono. Não quero te fazer perder o resto do seu sono. Na verdade, eu sei que você deve estar dormindo e eu queria te deixar dormindo assim, em paz. Então eu vou deixar este recado escrito no espelho do banheiro com o seu batom, pode ser?

Sabe o que é?

Já e tarde. Não quero atrapalhar nosso sono. O espelho não é grande e o batom acabou. E eu tentei, juro que tentei, tentei responder àquilo tudo que você me falou. Tentei responder do jeito que você queria, do jeito que você pediu. Eu juro que eu escutei, entendi e que tentei responder do jeito que você pediu, mas responder em 140 caracteres não é fácil.

Eu tentei.

Peguei o gravador e resolvi gravar isto aqui, que tem mais que 140 caracteres. Eu sei que devia ter ficado nos 140, mas não soube como dizer isso aqui de maneira sucinta, além de não conseguir contar os caracteres enquanto falo – o que seria ótimo.

Resolvi me dar meia lauda de espaço, só pra te escrever e fazer entender o que aconteceu com a resposta da sua pergunta que eu tentei – juro que tentei – responder nos 140 caracteres propostos . Mas mesmo a meia lauda está sendo insuficiente.

Eu filmei isto pra você. Assim você pode tirar suas próprias conclusões e ter sua própria interpretação, na sua maneira de interpretar. Dessa forma você pode ver tudo isso que tentei responder nos 140 caracteres – contando os espaços – mesmo sem saber o que e como dizer.

Talvez.

Talvez eu até possa lançar uma mensagem de 140 caracteres dentro de uma garrafa através da banheira. Isso ia ser poético. Uma garrafa boiando num mar-não-mar. Tão profundo quanto a...Bobagem. Puxa vida, o tempo da secretária já expirou e eu não sei ainda como dizer isso de maneira curta, sintética, objetiva, sucinta, ao ponto, direta, rápida, em suma, sem rodeios, clara, no alvo, com fim, sem intermediários, sem permeio, sem acessórios, sem artifícios, resumido, não prolixo, sem acessórios, epitomada, em sinopse, sumariamente, em compêndio(...)
 
 
JOANA

Sento-me só num canto quieto da noite. Encontro-me diante de uma tarefa difícil... Preciso combinar as letras da língua portuguesa formando palavras para dizer que vou me separar de você. Sim! Vou me separar de você. Talvez seja essa a combinação necessária. Já é tão difícil fazê-lo deste modo, imagine me servindo de uma língua estrangeira ou querendo dizer isso dizendo outras coisas...

É preciso também dizer que tomo essa decisão somente pois sei de alguns segredos... Sei que não somos capazes de mudar uns aos outros. Podemos apenas mudar a nós mesmos e, ainda assim, com enorme dificuldade. Para que haja uma chance é preciso muito desejo e empenho. Não reconheço nenhum dos dois em você. Ao menos não agora, neste tempo presente, neste instante em que existimos em relação um ao outro. Esperar por você é como deixar sem cuidados todo um canteiro de flores coloridas. Logo ficarão secas e se dissolverão no vento, no tempo.

Sei também que cada pessoa tem em si pequenas porções de ilusão, inocência e esperança. São seus bens mais preciosos. Não posso gastar tudo com alguém que se serve sem moderação ou cautela e não oferece nada de si em troca.

Demoro para conseguir de fato recolher meus trapinhos, minhas expectativas e sonhos desperdiçados... Enquanto faço a mala, procuro com as minhas costas compreender o que me conta em silêncio sua respiração: Você vai mesmo me deixar te deixar? Você vai mesmo sacrificar sem peso algum o que poderia vir a ser?

Derretendo-me em lágrimas sou menor do que em qualquer outro momento. Saio de cena como alguém que foi demitida do próprio sonho. O mais curioso é que, apesar de tudo, sou eu quem tem que ir embora. Se dependesse de você eu morreria pedra no seu quintal. Por que o que eu sinto não te atravessa? Como podemos ter experiências tão diferentes de momentos compartilhados?

E é por não conseguir responder... E é por não conseguir arrancar respostas sinceras de você... E é por não agüentar mais especular sobre o que acontece dentro desse universo regido por regras desconhecidas que preciso, mesmo sem querer, me separar de você.

JÚLIA

Breve carta de despedida.

Querido,

Sei que pouco nos conhecemos e pouco dividimos de verdade em todos estes anos.

Tenho pensado em você cada vez menos. Com menos freqüência e com menos intensidade. Ainda sinto saudades e mentiria se dissesse que não sinto falta do que não houve. Mas não desejo mais que haja nada.

Nada da minha vida ou de nenhuma notícia estará nessa carta pois não sei se espero uma resposta. Na verdade, receio que haja uma, pois isso talvez exigisse de mim uma outra e voltaríamos ao ponto de onde quero distância.

Ainda inicio essa última e breve carta com “querido”, pois ainda te quero bem. Mas não haverá outra pois não te quer mais.

Adeus.

Júlia.

ASSIGNMENT 2: ALGUÉM

A proposta era contar uma história sobre alguém (que poderia existir de fato ou não) e levar ao encontro uma prova da veracidade da história.

JOANA

Um amigo meu, tem 25 anos, é ator e contra-regra. Ele divide sua semana entre São Paulo, São Roque e Ibiúna. Apesar da correria, dos problemas financeiros e de todas as dificuldades que enfrenta, tem sempre um sorriso sincero estampado no rosto. Seu olhar me faz pensar que ele é incapaz de fazer mal a alguém.

A primeira vez que o vi estranhei o fato dele sorrir tanto. Um pouco antes de me apresentarem a ele, fui prevenida de que ele acabara de sair de uma depressão profunda resultante da morte de um familiar muito próximo. E mesmo assim ele sorria... Achei curioso... Decidi sorrir mais frequentemente desde então.

ASSIGNMENT 1: CASA

A proposta era bem aberta e pedia que cada um respondesse a idéia/sensação de CASA da maneira que quisesse.

SOFIA

Casa


Latitude 23 32

Longitude 46 37

São Paulo é um municipio brasileiro, capital do estado de Sao Paulo.

Banhada por e grandes rios: Tietê, Pinheiros e Tamanduateí

Décima nona cidade mais rica do mundo

O lema da cidade presente em seu brasão oficial é constituido pela frase em latim: “non duco, duco’, cujo significado em português é “não sou conduzido, conduso”.

Perdizes é um distrito da cidade de São Paulo

Antiga chácara do Sitio do Pacaembu

Nesse distrito hoje está localizado o campus da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mais precisamente situada na rua Ministro de Godói.

Às terças-feiras na rua Ministro de Godói tem uma feira livre com um delicioso pastel e garapa.

Na esquina da rua MInistro de Godói com a rua Homem de Melo, em um prédio de 16 andares, acende-se uma lâmpada amarelada na janela do primeiro andar.


FELIPE

Olha,

Ontem de madrugada eu estava pensando em como fazer o assignment 1. Eu já tinha criado algumas coisas, coisas que tinham a ver com o tema Casa. Mas ontem eu resolvi jogar tudo fora. Eu tinha pensado em apresentar o que eu criei para uma matéria que fiz na Universidade lá da Inglaterra, mas não quis porque aquilo foi feito pra lá e devia ficar lá, lá.

Ontem eu estava lendo o Murakami, o The Elephant Vanishes, e eu li um pedaço do conto que tem uma mulher que fica o dia inteiro em casa. Ela de um dia pro outro pára de dormir e fica acordada a noite toda e o dia inteiro. Ela faz tudo normalmente e sem se cansar. Eu ainda não sei como termina porque não li o conto até o final.

Olha, eu não sabia o que apresentar hoje. É isso, falei. Eu fui pro Google e tentei ver o que ele podia me ajudar. (digita) c-a-s-a. Casa Cláudia, Casa e construção, casa cor, museu da casa brasileira, casa dos contos eróticos...hummm... o viajante em casa hostel, casa de repouso viva bem, o de casa hostel, casa & decoração. Casa Wikipédia.

“Uma casa ou uma residência é, no seu sentido mais comum, uma estrutura artificial construída pelo ser humano cuja função é constituir-se de um espaço de moradia para um indivíduo ou conjunto de indivíduos, de tal forma que eles estejam protegidos dos fenômenos naturais exteriores (como a precipitação, o vento, calor e frio, entre outros), além de servir de refúgio contra ataques de terceiros. Apesar de seu caráter artificial em relação às construções naturais, originalmente o homem utilizou-se de formações naturais, como cavernas, ”

Eu me senti como ela... a do Murakamui , porque era de madrugada, tava silêncio e eu me senti como ela. Eu adoro o silêncio da madrugada pra ler e estudar. Parece que de fato você está ganhando tempo em relação aos outros que dormem.

(olha pra janela)

Nessa hora eu ouvi um barulho. Eu fui até a sacada e olhei pra baixo. Um grupo tava correndo e fazendo barulho. Pareciam estar bêbados. São adolescentes. Adolescentes bêbados... típico. Olhei pra baixo e disse: Ei, vírgula, aqui não é a casa da mãe Joana não ponto de exclamação.

Obviamente num volume mais alto do que esse.

Eles riam de mim e jogaram uma garrafa de whisky dentro do prédio. Saíram correndo.

Eu voltei pro computador, já era tarde e eu ainda não sabia o que apresentar no dia seguinte.

(digita) casa da mae Joana.

“Ensina Câmara Cascudo que a expressão se deve a Joana I de Nápoles, que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382 e foi rainha de Nápoles e condessa de Provença. Teve uma vida atribulada e em 1346 passou a residir em Avignon, na França, segundo alguns autores por ter se envolvido em uma conspiração em Nápoles de que resultou a morte de seu marido André, ”

Acho que a Joana não vai gostar se eu ler isso aqui na hora.

(digita) casa dos contos eróticos

A primeira transa. Rafael meu colega. transando com minha mãe. Joana e a armadilha perfeita com sua prima gostosa.

Iniciar – desligar.


LÍVIA

Quadros da Cecily:


JÚLIA




JOANA

Casa. O lugar da onde parto e para onde volto ao fim de cada dia, de cada sonho e de cada aventura. A certeza do abraço incondicional do meu edredom vermelho. A garantia de um filme repetido na Tv a cabo. A possibilidade de encontrar paz regando as plantas da varanda. Quando me perco de mim, as fotos de infância me lembram de quem sou enquanto a solidez dos tacos de madeira me sustentam até que eu decida partir novamente. Casa. O lugar onde eu me reconheço em cada canto, em cada objeto e nas cores das paredes.

"E agora, Nora?!" - Notas

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